Admito que precisei pensar muito para saber por onde começar. Eis a história: quatro amigas, mulheres bem sucedidas, lideradas por Lucy Liu que está em busca do homem ideal. Ah, todas moram em Nova Iorque. Coincidência? Nenhuma se tratando em mais um livro de Candance Bushnell, a escritora mais repetitiva que eu conheço.

“Cashmere Mafia” é uma mistura de “Sex and the City” e “Lipstick Jungle”.

Temos a morena, a loira, a ruiva e a outra morena. Todas são bem sucedidas e possuem altos cargos nas suas empresas. A morena é a chinesinha meio estabanada e engraçadinha cheia de estilo (duvidoso). A loira é a mais nova do grupo, trabalha com comésticos e começa a lidar com uma dúvida cruel: sua sexualidade. A morena é casada com um arquiteto lindo que não vê problemas em ser pai de família. O casamento deles é perfeito e os dois se amam loucamente. A ruiva é casada com um cafajeste, mas não se separa por que só pensa em manter as aparências, e tem uma filha no colégio interno, que não demora a se rebelar.

Graças a todos esses elementos originais, “Cashmere Mafia” foi cancelada depois da primeira temporada com apenas sete episódios.

É uma pena que um talento como Miranda Otto (a ruiva) seja desperdiçado na tela pequena em séries tão medíocres. Imagino como alguém que interpretou a ótima Eowyn na trilogia de “O Senhor dos Anéis” tenha acabado nesse papel.

Lucy Liu perdeu o senso. Quando recebeu a chance de estrelar a série, deve ter passado dias assistindo todas as temporadas de “Sex and the City” e decorando todos os trejeitos de Carrie. É uma cópia descarada sem nenhum charme da original.

As outras são atrizes desconhecidas do grande publico, e não possuem nenhum apelo. A loira é a cópia mais jovem de Samantha, sem aquele olhar pornográfico. Ou seja, totalmente sem personalidade. Já a outra morena, é uma mistura de Charlotte e Miranda.

Quando que os produtores vão perceber que Candance Bushnell não passa de uma socialite metida a autora? Será que custa procurar histórias realmente originais para séries? Eu conheço um monte.

A série ainda não tem previsão para estrear no Brasil. Se é que vai um dia.