
A primeira vez que vi o teaser da série, já fiquei interessada. Mas aí a FOX começou a dublar toda a sua programação, e eu acabei perdendo a vontade de assistir. Depois de um tempo, o canal resolveu reprisar a primeira temporada, e eu resolvi dar uma chance. Não foi daquela vez. Dublagem em geral me irrita profundamente, especialmente em canais de TV a Cabo. Por sorte, achei um site que disponibilizava downloads da série em seu idioma original com legendas em português. Foi então que fiquei oficialmente viciada em Dexter.
A série, que é produzida pelo canal ShowTime, possui duas temporadas, e a terceira está prevista para começar em outubro deste ano nos EUA. Também é uma das maiores audiências da TV americana.
Premissa: Como um homem cujo trabalho é ajudar a solucionar os piores crimes de Miami durante o dia comete os mesmos atos brutais durante à noite? O que acontece numa cidade onde serial killers são perseguidos por um deles? Onde começa e termina a linha que separa um serial killer de um herói incomum?
"DEXTER" é uma história cheia de reviravoltas sobre um especialista em medicina forense da polícia que passa parte de seu tempo perseguindo assassinos que ultrapassaram os limites da justiça. Mas será esse um caminho possível para um serial killer?
Interpretado por Michael C. Hall ("Six Feet Under"), Dexter é um personagem complexo cujo código moral e ações talvez sejam chocantes para alguns — e totalmente injustificáveis para outros. Na superfície, Dexter é um homem bom e charmoso. Durante o dia, ele é um especialista em sangue que trabalha ao lado da equipe da divisão de homicídios do departamento de polícia de Miami e vai além do seu trabalho para solucionar os assassinatos. Seu trabalho na verdade serve para ocultar sua verdadeira ocupação, a de serial killer, que consiste em matar aqueles que conseguiram escapar da polícia.
Logo se descobre as origens do seu comportamento: após ficar órfão aos 4 anos e guardar um traumático segredo, Dexter é adotado por Harry Morgan (James Remar, "North Shore", "Sex and the City"), um policial que reconhece as tendências homicidas dele e guia seu filho para mudar sua terrível paixão em dissecar humanos para algo mais construtivo.
Como todos os serial killers, o lado obscuro de Dexter é escondido das pessoas com quem ele passa mais tempo, principalmente daqueles que ele ama. Sua irmã Debra (Jennifer Carpenter, "O Exorcismo de Emily Rose"), que não desconfia de nada, é uma policial determinada, que sempre pede conselhos pessoais e profissionais para ele — desde sobre novos namorados até sobre uma série de mortes de prostitutas. A paixão por sua adorável namorada Rita (Julie Benz, "Buffy, a Caça Vampiros", "Angel"), uma mãe solteira, faz com que ele enfrente a normalidade da vida diária.
Durante o horário comercial, o Dexter "normal" se empenha enquanto trabalha ao lado do durão sargento Doakes (Erik King, "Oz"), que não faz questão de esconder seu desprezo por ele, da tenente Maria LaGuerta (Lauren Velez, "New York Undercover"), a chefe da divisão de homicídios da polícia, e do detetive Angel Batista (David Zayas, "Oz"), que ele praticamente considera o seu parceiro e que tem um faro especial pelos detalhes dos crimes.
É muito complicado uma série conseguir sustentar vários suspenses durante uma temporada de 22 episódios, e Dexter conseguiu essa proeza durante duas temporadas seguidas. O ator principal, Michael C. Hall, está ótimo no papel do serial killer do bem, assim como Jennifer Carpenter no papel de sua irmã Debra. A química entre o elenco todo é muito boa, e o mais incrível é, que com todos os clichês e sangue que temos nas cenas, a história é crível. Os diálogos são bem elaborados, com ótimas tiradas, especialmente por parte do alter ego de Dexter, que acaba sendo o narrador da série.
O conflito interno do personagem é palpável, e em certos momentos, o telespectador acaba se identificando com essas dúvidas.
A série pode ser encaixada em duas categorias: drama e policial. Mas já aviso: quem não tem sangue frio não vai agüentar assistir por muito tempo. Sangue, sangue, corpos despedaçados, tortura e muito mais sangue fazem parte do cotidiano dessa história.
Dexter é, sem dúvidas, o mocinho anti-herói mais carismático da TV atualmente.
Atenção especial para a abertura da série. Absurdamente bem feita e dúbia, exatamente como a personalidade de Dexter.
P.s.: A segunda temporada não tem previsão de estréia no Brasil.
Ha,
primeiramente, parabéns pela crítica. Muito boa! Já tô com vontade de assistir a série agora!
Eu já tinha lido algo a respeito na SET, e fiquei interessado justamente pela premissa: o cara mata os serial killers que investiga! É fantástico!
Além disso, a abertura é extremamente surrealista. A edição das imagens é única, e acredito que condense todo o espírito da série.
Só tenho a complementar uma coisa do texto. Apesar de eu ser um fã esforçado de House e não assistir a outras séries com regularidade, acredito que o título de "mocinho anti-herói mais carismático da TV" possa ser estendido também ao Hugh Laurie, o Dr. House.
É isso.
Beijos!!!
P.s.: continue com as ótimas críticas, viu?
Uma coisa que esqueci de dizer no comentário anterior: Dexter já tá a venda em DVD, e o preço não é tão salgado!