Boa parte do prazer de assistir Holly Golightly vem de Audrey Hepburn. No livro de Capote, Breakfast at Tiffany's, o papel da "prostituta" desavisada é bem menos sutil. E bem por isso Capote reprovou até o último minuto a atuação de Audrey.
A Holly de Audrey é apaixonante. É o tipo de garota que você quer ter como vizinha (por mais barulhenta que seja), conversar durante horas, ajudar a ter coragem de comprar móveis e finalmente dar nome ao gato. É imensamente divertido vê-la escapar das armadilhas da vida, enquanto busca seu próprio caminho. E como tudo é infinitamente acidental e despreparado, mesmo que pareça perfeitamente arranjado. Holly não se importa com o que os outros pensam, e não espera nada das pessoas que a cercam. E por mais descabida que pareça, consegue fazer os homens jogarem-se aos seus pés com pouco mais do que um olhar. É uma pena que Holly não goste de amizades femininas, pois se ela fosse real ,não passaria de um olhar de desprezo sobre minha admiração por ela.
Mesmo assim, Holly Golightly é a primeira personagem da nova tag do Cinegrapho.
Holly Golughtly é uma das personagens que amamos.